Já tivemos 1958, o ano que não devia terminar. Também 1968, o ano que não terminou.
Agora fica o desafio para algum autor escrever sobre 2008, o ano que terminou antes de acabar. Foi assim que o mundo sentiu a parada repentina que transformou o último trimestre do ano num intervalo de silêncio, acompanhado de explosões de um sistema moribundo que impede que a humanidade avance. Sim, porque é inevitável o convite para uma nova civilização que assistimos, nem sempre através de boas notícias, nos últimos 30 anos. No Brasil, os reflexos imediatos foram o desaparecimento do crédito internacional, tão necessário para o país que estava assumindo suas possibilidades e o início de demissões no setor primário da economia. A imprensa custou a anunciar a onda de demissões que já em outubro começaram a impactar os setores de energia, mineração e siderurgia. Esse segmento tem os chamados empregados tercerizados que impactam profundamente empregos de operários, fora das grandes cidades. Pequenas cidades do Brasil, especialmente em Minas e no Pará sentiram a crise, bem antes de que atingissem as grandes cidades. De fato, o comércio ainda embalado pelo Natal, resiste e não sabemos ainda como se dará o desdobramento da queda nos vários setores da economia. Mas o ano de 2008 tinha mesmo que acabar antes para que o mundo não terminasse. Só valerá a pena se percebermos que com ele estão indo para o ralo as grandes máximas do neoliberalismo, da vocação insalubre das elites econômicas mundiais, dos Garotos de Chicago e da miopia da humanidade que acredita que podia “construir um sistema econômico maior que o sistema terra”, como brilhantemente definiu Hugo Penteado do Banco Real. Precisamos conseguir que feche a cortina para essa peça desastrosa que a humanidade vem encenando. Aí estão envolvidos inúmeros personagens: os políticos, intelectuais, corporações, as pequenas empresas, artistas, produtores de cultura em geral, camelôs, professores, pais, consumidores em geral, a imprensa, os publicitários, homens, mulheres, adolescentes e crianças, ou seja todos nós. O roteiro da peça tem que mudar. Precisamos compreender que temos que sair do discurso para a prática enquanto há tempo.
Caso eu pudesse enunciar um desejo para 2009, eu pediria uma chuva de fogos de artifícios com poderes mágicos, que acelerassem a consciência para novas camadas. Que rápido, muito rápido cada um de nós , nas nossas profissões pudesse descobrir o que fazer no aqui e agora para buscar uma consciência integrada que respeitasse profundamente tudo que tem vida, que eliminasse a fome e a violência da terra. Que sentissemos a vida como foco único e a solidariedade circulasse por nossas veias. Tudo diverso e misturado. Tudo respeitando tudo e todos e que assim 2009 fosse um ano que terminasse no seu tempo certo e em paz.
domingo, 28 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Iniciativa
A criação de mais um espaço de consciência é antes de tudo uma arte,
requer um olhar natural do futuro, do presente e do passado. As
organizações, as pessoas que não quiserem ficar paralisadas devem fazer
mais do que tentar. O importante é pensar, aprender e fazer se divertindo
com a criação.
Parabéns pela iniciativa de um espaço, onde sei que haverá troca, só
assim, conseguiremos planejar estratégias de utilidade para os negócios e
para a vida das pessoas. E se as propostas forem estranhas,
incompreensíveis... Ao menos todos estarão se divertindo mais e quem sabe
descobrindo novas possibilidades.
Vamos nessa!!!
requer um olhar natural do futuro, do presente e do passado. As
organizações, as pessoas que não quiserem ficar paralisadas devem fazer
mais do que tentar. O importante é pensar, aprender e fazer se divertindo
com a criação.
Parabéns pela iniciativa de um espaço, onde sei que haverá troca, só
assim, conseguiremos planejar estratégias de utilidade para os negócios e
para a vida das pessoas. E se as propostas forem estranhas,
incompreensíveis... Ao menos todos estarão se divertindo mais e quem sabe
descobrindo novas possibilidades.
Vamos nessa!!!
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