terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nossa insensibilidade

O noticiário do jornal ia correndo normalmente. Passava pelas notícias da crise, as vergonhosas situações do Congresso Brasileiro e, de repente, o locutor falou sobre o Quênia. Depois de várias descrições da situação no país eu ouvi:
“...No Quênia hoje temos 3 milhões de pessoas passando fome”. E continuou: “O Flamengo hoje...” Por um instante minha mente registrou o absurdo da nossa civilização. Estamos conformados com uma forma de viver e pensar que certamente não nos leva a conseguir as transformações necessárias. Notícias repetidas, em tom monocórdico, viram paisagem e não penetram na nossa consciência. É assim com a fome, a violência, o aquecimento global e tudo aquilo que possa nos tirar do pseudoconforto. Às vezes a realidade, que fingimos não ver ou escutar, bate na nossa cara. E aí, só aí, muitos começam a se dar conta de novas tarefas a realizar

Um comentário:

  1. Já tinha pensado sobre isso, lembra uma farse de John K. Galbraith: "Pessoas que gozam de privilégios preferem sempre arriscar-se à total destruição, em vez de submeter-se a qualuqre redução de suas vantagens materiais". Não concordo que todo mundo tem ir até o fundo do abismo para acordar e se mexer, mas impressiona muito o jeito "Tô nem aí" de ser de muita gente. Na verdade, há um papel relevante para a comunicação para a transformação!
    Abraços,
    Gaulia

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