quinta-feira, 18 de setembro de 2014


  Um novo você!

 
Sonhe...! Nunca deixe de sonhar, nunca se esqueça de sonhar!

Não seja apenas uma criatura, uma vítima... Seja um CRIADOR

Deixe para lá a criatura e sinta sua potência de criador.

Na natureza não há vítimas, mas sim uma constante dança, trocas, conexões. Tudo em constante busca de equilíbrio.

A dança da vida, com todas suas forças em marcha! Inclusive as suas! Você já pensou que está cheio de forças em marcha? Seja como a natureza, deixe acontecer, faça acontecer! Empreenda!

Inspire-se nas sementes que se espalham. Na flor que se abre. Na lagarta que se transforma E coloque uma borboleta no seu olhar! Perceba a força de um oásis. Das árvores tão generosas que atraem os pássaros. Das matas que insistem em existir mesmo com toda depredação!  Das novas idéias que, a favor e com a força da natureza, nos ensinam novas formas de viver.

Com isso estamos criando novos negócios, novas moedas, um novo mundo!

Faça. Não precisa ninguém estar olhando para você. Basta você se olhar, como parte da natureza criadora. E... se olhando você verá sua força, sua potência, sua alegria... Vida! E a capacidade enorme de multiplicação, de regeneração! Sonhe com a construção do novo mundo, com a sua participação. Com a sua energia. Você vai contaminar outros, e outros... e mais outros...

Revele o criador que está ai, escondido às vezes, mas está aí, bem dentro de você... Pronto para te inspirar! Alimente criação. Inspire criação. Seja um protagonista. Integre-se com a natureza.

 Seja você mesmo uma folha. Já reparou como as folhas são únicas e diversas na natureza?  Não há uma igual a outra, por isso uma paisagem é tão, alegre e enfeitada!

Descubra qual é seu tipo de folha. Abra seus olhos! Abra seu coração! Abra o seu observador! Contate sua potência. Inspire-se Criador, na mais linda das criações! A menina terra! Seja como a gota d’água, faça com que o movimento se espalhe, em círculos!

Pedras no caminho? Guarde-as, como nos ensinou Fernando Pessoa. Com elas você poderá construir seu próprio castelo. Tenha certeza que ele será único e que... só você, pode construí-lo! A força de vontade é indomável!

 

 

sábado, 13 de setembro de 2014


O Ponto de Mutação

Há muitos anos, por volta de meados da década de 80, entrei em contato com os autores que me levaram a caminhar para os novos paradigmas da civilização. Me lembro, como se fosse hoje, o prazer que senti. A sensação de empatia foi tão forte, que apesar de muitos autores eu não ter conhecido pessoalmente, sinto como se eles fossem meus amigos íntimos. Um deles foi Frijot Capra. A leitura do livro O Ponto de Mutação que se remete a um hexagrama do I ching que já era meu velho conhecido, revelou-se como pingos de esperança para eu chegar até aqui. No entanto,  naquele momento, não pensei que fosse tão difícil e tão lento o avanço da civilização. Pura ingenuidade minha. Talvez eu nem veja os maiores acordes dessa transformação. Ao longo do tempo me conformei que a minha geração só vai ver a ponta do iceberg.

Aí também compreendi que só poderia, e posso seguir, ficando consciente dos dois P’s: paciência e perseverança. Apesar de perceber o caminho, não podia imaginar, à aquela altura, o impacto da tecnologia, que trouxe ferramentas para os avanços, mas intensificou a complexidade. O paradigma sistêmico, ainda engatinha. Poderia falar muito sobre seu lento avanço em várias áreas, mas meu foco é comunicação, e por isso nela fico.

Comecei a falar de comunicação integrada nesses tempos, década de 90. Intensifiquei minha busca pelos desafios da comunicação interna, já que vinha de publicidade e pouco a pouco fui percebendo sua imortância. Comecei a perceber a pequenez de pensar apenas a publicidade. Isso já me colocou em crise com a  agência que trabalhava. Comunicação interna  não dava lucro, diziam. Sim, e frente a publicidade que área de comunicação dá lucro? Esqueça isso, me diziam. Foquei no planejamento, só ele me permitiria aprender a pensar sistemicamente. Comunicação interna, comunicação  face a face, foram ganhando força para mim, Afalta de atenção a ela  tira o lucro das empresas. Essa conta nunca foi feita, mas é bárbaro o que o ambiente interno das organizações é capaz de fazer.

Logo a seguir fui tocada pelas questões sociais, pela importância da educação e pude ter experiências incríveis, percebendo um papel para a comunicação que foi deixando a publicidade reduzida a seu lugar, um dos processos possíveis para o uso da comunicação, o mais lucrativo deles para as agências. Assim a minha opção exigiu desapego. Profissionais e pessoais. O quanto bendigo ter sido capaz de desapegar para poder enxergar por onde a comunicação poderia contribuir de forma decisiva para as conquistas de novos paradigmas civilizatórios.

O que penso ainda está muito distante do que consigo realizar. No entanto a cada passo dou um sorriso. Aprendi que só tem sentido a vida que tem sonho. Conseguir pensar em comunicação integrada e vendê-la, passou a ser estratégico. Às vezes até é fácil, muitas empresas estão percebendo a necessidade brutal de integração. A comunicação face a face que nem sequer existia como processo há alguns anos, ganhou uma enorme força. A responsabilidade social (saiu de sua caixinha e ganhou a dimensão de reputação de marca) Agora tudo está aí... e caminha. A ferramenta é o planejamento. O motivo é pensar em organizações como mais um espaço para a educação, para o desenvolvimento humano. E eu muitas e muitas vezes sorrio. Mesmo sabendo que a nova geração, quando já não for tão nova assim, colherá os produtos orgânicos de uma comunicação integrada que muitos de nós plantamos.

O Ponto de Mutação às vezes é reticência, às vezes interrogação, mas um dia será exclamação.