

Hoje foi um dia especial. Visitei o Instituto Bola para Frente para fazer a palestra de abertura da Meeting Responsabilidade Social que acontece pelo oitavo ano consecutivo. O tema esse ano foi o desenvolviemtno sustentável. O Instituto convida empresas e organizações para debater, refletir sobre como podemos avançar na construção de uma sociedade mais justa. No ano passado conheci o Instituto e fiquei encantada com o que encontrei. Primeiro conheci Jorginho e sua história. Ele nasceu ali em Guadalupe, a comunidade que nunca abandonou, mesmo depois de ter conquistado o mundo com seu futebol. Ele e Bebeto resolveram seguir o sonho. O projeto procura através do esporte desenvolver a cidadania, o protagonismo, marcando gols na conquista da auto estima de meninos e meninas sem oportunidades e sempre a mercê do tráfico de drogas e da exclusão. Existem muitos projetos semelhantes mas algo se passa ali de muito especial. Hoje acho que entendi. existe no ambiente do Bola para Frente HARMONIA, um ambiente de comprometimento de todos e todas que se vai encontrando. Caso eu tivesse que traduzir o Instituto numa imagem, num desenho, eu certamente criaria um grande sorriso em cima de cima de uma quadra. Foi uma alegria! Os meninos e meninas de todas as idades nos recebendo, a orquestra de instrumentos construídos a partir de material reciclado, o coral com meninas e meninos começando por cerca de 3, 4 anos de idade. A horta no jardim com flores com o patrocínio da Agristar, os investidores sociais misturados a profissionais de outras ONGs, tudo numa organização impecável. A palestra foi feliz, meu coração estava também sorrindo e dividindo o sonho com Jorginho: por que não um espaço como esse em cada comunidade? Por que não trabalhar no local? Deixei meu carinho para todas aquelas crianças e jovens que vi fazendo, vivendo a cidadania e a educação com uma visão global. Lembro no entanto que alguém precisou sonhar para que tudo isso virasse realidade. E claro contar com equipes competentes para fazer a gestão do sonho. Nós temos o hábito de perguntar: como vai você? Como vai a vida? Talvez a gente devesse perguntar: como vão seus sonhos?