quinta-feira, 3 de maio de 2012

Evento aponta oportunidades para promoção da igualdade de gênero


Evento aponta oportunidades para promoção da igualdade de gênero

Com o objetivo de detectar oportunidades para a promoção da igualdade de gênero, cerca de 200 pessoas se reuniram durante a atividade paralela do 7º Congresso GIFE, “Construindo novas pontes: O Feminino, as questões de gênero e o investimento social privado”, que ocorreu no dia 27 de março. Agora, o Instituto Avon, Childhood Brasil, Fersol, Fundação Ford, Fundação Orsa, Fundo Elas, Instituto Lojas Renner e Instituto Walmart, que se uniram para promover o encontro, lançam a sistematização do debate que contou com lideranças nacionais e internacionais.
NA PARTE DA TARDE EU FACILITEI A CONVERSA COM O GRUPO BUSCANDO DEFINIR CAMINHOS FUTUROS PARA O INVESTIMENTO EM QUESTÕES DE GÊNERO E O RESULTADO FOI SURPREENDENTE. DIRETAMENTE DO NEWS LETTER DO GIFE.

Entre as sugestões propostas figuram o apoio a projetos focados na educação de meninos e na inclusão dos homens como agentes de transformação sociocultural. “O homem não é o inimigo da igualdade de gênero, mas fruto de um caldo de cultura calcado em clichês sobre o feminino e o masculino no qual todos nós estamos navegando”, afirmou Carlos Zuma, do Instituto Noos. Zuma participou da mesa Gênero e a Dimensão Masculina, uma das sete mesas temáticas em torno das quais se reuniram os participantes no período da tarde.


Ideias e oportunidades
Olga Corch, do Instituto Avon, abriu os trabalhos do período da tarde. Os participantes se reuniram em sete mesas para discutir e apresentar sugestões para o avanço da questão de gênero no país. Abaixo, algumas das conclusões do encontro:

• JOVEM – É preciso atrair o jovem para o trabalho de reflexão e ação sobre o tema e investir no protagonismo juvenil. Trocar o ‘legislar pelo jovem’ pelo ‘legislar COM ele’ e usar linguagens e meios de comunicação com os quais o jovem se identifique.

• RECONHECIMENTO – Criação de um selo de certificação a ser concedido a empresas que promovam a igualdade de gênero e os direitos humanos. A sociedade fiscaliza e contribui, dando visibilidade às empresas certificadas e não consumindo produtos e serviços das empresas sem selo.

• DESENVOLVIMENTO FEMININO – As empresas devem capacitar as mulheres como agentes impulsionadoras do desenvolvimento sustentável e usar sua capilaridade na multiplicação da mensagem do consumo sustentável. A cadeia de valor deve ser envolvida nesse esforço pela sustentabilidade e pelo desenvolvimento econômico da mulher.

• ESFORÇO COLETIVO – As empresas, tal como o Estado e o conjunto da sociedade, devem se mobilizar para resolver a principal equação impeditiva da igualdade de gênero: a mulher ainda acaba sendo a principal responsável pelo cuidado com os filhos, com a casa, com os enfermos. Só quando os homens também compartilharem essas tarefas, as mesmas condições estarão disponíveis para que homens e mulheres convivam nos mesmos espaços de poder.

• REFERÊNCIAS – Criação de um banco de dados com indicadores sobre os bons retornos do investimento em mulheres. Uma forma de prover as mulheres de autonomia financeira é capacitá-las a formatar projetos que as tornem empreendedoras, fornecendo a elas assessoria em todas as fases de formalização da nova empresa.

Todas essas reflexões serão encaminhadas ao grupo de organizações que promoveram o painel. A riqueza do que foi discutido no encontro passará a permear, a partir de agora, as discussões dos investidores sociais privados. A idéia é ampliar o leque de critérios disponíveis para a escolha de projetos a serem privilegiados com recursos.

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